OS 25. UM NOVO OLHAR

15 maio

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Acho que chegou o momento em que eu vi que a felicidade em tempos atuais, em termos egocêntricos de prazer, sucesso individual ser o mais digno propósito da existência humana.

Cresci num lugar que descobri o que é viver em comunidade. Um lugar comum com interesses em comum. Ali tive o privilégio de caminhar com pessoas extraordinárias que me ensinaram com palavras e com atitudes. Também vi muita gente se refugiando nos clichês religiosos, semelhantes à massa que, omissa, assiste e desfila de rei nu.

Me desenvolvi vivendo, alçando, dividindo, multiplicando, me unindo e até festejando da forma mais conveniente possível, mas no fundo queria viver um cristianismo sem jogo de sombras nem maquiagem. Apenas a vida como ela é. Reino,unido; Amor, que nos faz um.

Se era utopia eu não sabia, mas era desejo.

25 anos se passaram… Sou marketeira e coordenadora de moda por formação e hoje envolvida no meio social por pura paixão.  

Mesmo em meio ao efêmero. Não quero um efêmero concreto; passageiro, que não faz o menor sentido- incompreensível. Sem inovação e sem amor.  Não quero codificar ou agir de má fé, quero identificar.

Nesse clímax de vontades, desejos, idéias e inconformidade, passei a ver um espaço construído de sotaques, abraços, oportunidade que leva o clima tropical ao calor humano e emergi nesse meio. Não teve como fugir. Me encontrou e me encontrei.

Me tornei cidadã.

Estava e está tudo tão ali: o jeito de olhar, de sorrir, de amar, de andar em direção ao outro, da mania de ser amigo de todo mundo, do dia que nasce feliz, do costume de morar no ‘paraíso’, do sorriso incondicional, da simpatia infalível e da simplicidade completamente completa.

Então, o gosto por ajudar as pessoas simplesmente surgiu. O engajamento em movimentos sociais se tornou a fotografia de um por do sol no meu cenário de vida. Vi relevância. Tive a experiência e certeza de que o modo que eu estava olhando para o próximo e o modo de como eu estava tratando a criação refletia a maneira de como eu me sentia em relação ao Criador.

Justiça é isso,  é responsabilidade. É ter o olhar voltado para as ruas cheias de gente e tomar uma atitude de inspirar a mudança, encorajar o desafio e carregar a iniciativa de ser luz. É o prazer de ter uma vida em comunidade ora semeando, ora cuidando e ora florescendo.

Desenvolvendo amor.

Sendo Karen para alguns, Ká, Kaká, Kakolina ou Kakazita para outros, hoje, entro aqui para muito mais do que compartilhar minhas reflexões e ideias, mas para ser  uma ponta ou uma ponte que seja algo que transborde e acabe incomodando e desafiando a querer ser sabor e também a sensação de areia nos pés descalços de alguém.

Que nós possamos tirar todo embotamento mental. Ilusão. Insensatez de ver algo mau e chamar de bom ou ver algo bom e considerar pouco.

Que nós possamos acreditar que a justiça e a equidade absoluta somente serão possíveis pela intervenção de Deus, mas que acima de tudo isso, possamos estampar amor com a certeza que somos seres em quem Deus faz morada.

 

“Vá, onde há a dor, e cura!

Vá, onde não há amor, e ama!

Vá, onde ha a dor, e alegra!

Vá, onde no há amor, transforma!”

-Palava Antiga

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